Ecstasy
Também chamado de MDMA, “club drug” ou “bala”, o ecstasy é uma droga que vem se popularizando nos últimos vinte anos, principalmente entre adolescentes de classe média e alta, e está intimamente ligada a freqüentadores de casas noturnas e festas chamadas raves, onde muitos desses jovens compartilham além da música eletrônica a utilização da droga.
O ecstasy é consumido sob a forma de comprimidos. Trata-se de um tipo de anfetamina sintética com propriedades estimulantes e alucinógenas e está relacionada com efeitos danosos no cérebro humano, principalmente em neurônios serotoninérgicos. Esse efeito neurotóxico pode causar distúrbios no sono, alterações do humor, ansiedade, aumento da impulsividade, problemas de atenção e memória. Importante dizer que tais efeitos danosos podem ser permanentes, podendo ocorrer mesmo após a utilização da droga uma única vez.
A hipertermia ou aumento da temperatura corporal é um dos grandes perigos do consumo da droga, pois devido a seus efeitos estimulantes, o ecstasy provoca um excesso de trabalho do organismo com produção de calor, superaquecendo o corpo do usuário. Em alguns locais onde a droga é consumida há uma facilitação desse superaquecimento do corpo, pois as casas noturnas normalmente são ambientes fechados, com pouca ventilação e superlotadas, motivo pelo qual, atualmente, muitas festas raves são realizadas em sítios, chácaras e praias.
Uma das mais graves conseqüências desse superaquecimento corporal pode ser a rabdomiólise, quando há degradação de proteínas musculares causadas pela exposição do organismo a altas temperaturas. Essas proteínas degradadas caem na corrente sanguínea e podem prejudicar o funcionamento dos rins na filtração do sangue e causar insuficiência renal e conseqüente morte do usuário da droga.
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Dr. Gustavo Teixeira
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